2009/03/04

FILME DO MÊS: QUARANTINE

Esta realização não se responsabiliza pelo ferimento de sensibilidades, danos mentais, ou qualquer outro tipo de invocação com vista à reparação do estado de saúde ou dignidade do espectador. Portanto fica em alerta: Só para maiores de 65 anos.


"Do melhor que tenho lido sobre a peste que assola a sociedade actual, mas no fundo o interesse geral continua nas estrelas, ou melhor nos satélites! Se eles continuarem a retratar com relativa beleza o nosso mundinho, não há problema! O desemprego é, afinal, tratado como uma pequena nuance!"


QUARANTINE:

«Tudo começou por uma noite amorosa. Uma mulher conheceu um homem e nessa noite homem e mulher dormiram juntos.
Os dois falaram como dois seres humanos falam entre si. Ela relatou com entusiasmo o que fazia num laboratório científico, ele, por seu turno, contou que estava desempregado.
(...)
Na manhã seguinte, quando ela regressou ao local de trabalho, tinha uma carta na secretária do seu laboratório: estava despedida.
Foi, então, essa mulher que, digamos assim, mesmo sem disso ter consciência, começou com a nova peste.
(...)
Em pouco tempo espalhou-se uma crença firme: quem dormisse com um desempregado corria o risco de perder o emprego. Não havia uma explicação lógica para isto, mas o certo é que se começou a recear os parceiros sexuais desempregados tal como antes se receava os parceiros sexuais com doenças venéreas.
Antes de qualquer relaçõa sexual tornou-se hábito perguntar: tens emprego? Muitas pessoas passaram mesmo a exigir um comprovativo do pagamento do último mês passado pela entidade patronal.

É verdadeira infestação de pragas, tem dramas pessoais, tem desemprego "in louco", trabalho precário, abusos e mobbing. IMPRÓPRIO PARA A SOCIEDADE.


REALIZADOR: PERSONALIDADES
ACTORES: Desejamos que não entre neste filme.

3 comentários:

Anónimo disse...

Ainda me estou a rir! Mas do alto dos meus 80 anos já posso comentar este post!

Quando li o artigo que deu origem ao post lembrei-me daquela velhinha história... Toda a gente repara na árvore a cair,mas esquecesse da floresta que a envolve!

O grande problema - dizem - "nosso" é não nos distanciarmos do acessário para vermos o essencial, daí que ao longe tudo continue a parecer um mar de rosas, ladeado não pelos verdadeiros espinhos, mas por outras coisas tão ou mais fúteis como as rosas sem espinhos.

Tenho dito.
Take care =)

Rogério Carvalho disse...

Ai, rosas, rosas, rosas...

E que tal uma rosa azul (sem espinhos) do equador? (assim, distante dos nossos olhos, distante da nossa realidade).

A floresta está a apodrecer, a cair. E por este andar, nem boa lenha teremos.

Cumps.
Rogério Carvalho

Anónimo disse...

Rosas geneticamente modificadas é que não...