2009/01/17

SECTOR AUTOMÓVEL ESTÁ DOENTE, COM PARAGENS E DISPENSAS.

Foto Principal: Entrada do Pavilhão Industrial da PSA de Mangualde.

A crise económica e financeira mundial continua a deixar claras marcas na diminuição do consumo e investimentos de particulares e empresários. Infelizmente, politicamente sentimos que não há maneira de contornar os efeitos da crise (aqui, aqui). E entrevista a alguns trabalhadores da PSA e outros (aqui).
Desta vez tudo foi causa efeito da crise mundial e não a falta de interesse político da Autarquia Mangualdense ou do Governo. A Factura poderá sair bem mais cara com esta quantidade tão elevada de dispensas de colaboradores, que sem condições de se governarem nos concelhos do distrito de Viseu, poderão mesmo abandonar o Pais Natal em busca de um trabalho com melhor futuro.
A crise é geral e sentida em todo mundo, mesmo recorrendo à emigração, para vencer e conquistar um trabalho, sabe-se lá em que condições o terão de fazer.
Os concelhos de Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Sátão, (...), vão perder população com residência efectiva, o que irá empobrecer ainda mais os concelhos, a economia e a região interior. Isto tudo pela super-dependência das poucas unidades criadoras de postos de trabalho.

2 comentários:

Anónimo disse...

As políticas laborais existentes em Portugal são desde sempre uma preocupação para todos aqueles que veêm o mundo para além do diametro à volta da sua cintura.

A globalização só veio agravar o estado de coisas.

Esta multinacional como tantas outras, na região poderemos falar também da Borgostena que se soube hoje irá dispensar 92 trabalhadores, o que corresponde a mais de 1/3 do total de trabalhadores desta unidade fabril.

A pergunta que fica no ar é quem são os trabalhadores dispensados? São concerteza aqueles cuja protecção social não abrange. Os subcontratados, os trabalhadores temporários e aqueles que não são protegidos por um contrato de trabalho.

Portanto com a subtração de 400 postos de trabalho na PSA, não são só 400 trabalhadores, mas também as suas famílias e porque estamos a falar de trabalhadores que envolvem esses concelhos de que falavas são por assim dizer os peões que seguiam à frente e foram dizimados por uma crise que não desejaram e tudo fizeram para proteger o seu posto de trabalho.

Agora uma palavrita aos governantes desses concelhos! Quantas declarações públicas já fizeram, quantas reuniões de trabalho já fizeram para tentar responder de uma forma célere (como a situação exige) à situação de desemprego onde mergulharão os 400 trabalhadores e suas famílias a partir do dia 5 de Fevereiro?

Qual a opção perante a ineficácia de um sistema que continua a viver para os "empoleirados" sem olhar para a base que os sustem... Não tendo um sistema de governação que olhe por eles a solução será emigrar e procurar um local que lhe possibilite uma vida melhor...

Já não há sonhos americanos - a globalizalção da economia não o permite - restalhes procurar a solução menos má para não se verem envoltos num ciclo de pobreza que só atrai a si mais pobreza.

Rogério Carvalho disse...

Amiga Bárbara, já há muito que cá faltava quem escreve-se assim.

De facto não podia estar mais de acordo com a sua reflexão. Disseste aquilo que eu no fundo queria dizer, mas em respeito à classe política, não fui ao fundo rebatendo a questão inicialmente levantada.

Tenho muito gosto em ter uma participação como a sua no meu blog.

Cumprimentos,
Rogério Carvalho