Resposta a Sr. A

Caro Sr. A

Primeiro: Nunca subestimei o valor da dupla. Eles são dois bons elementos mas não são eternos. Nunca pus em causa aquilo que já faz parte da mobília da casa e espero que se mantenham por valentes anos.

Segundo: O nome do evento é Sarau de Natal, suponho (!!!), e não “Cunha & Ferreira” ou coisa que pareça. Também acrescento-lhe dizendo que gostos fracos eram, organizar um evento numa época muito pouco tropical sem os propósitos de uma época festiva e natalícia (sempre era melhor na primavera que no Natal em pleno Inverno). “Cunha & Ferreira” bem o podiam fazer noutra época, não acha? E mais, nunca disse o contrário em relação a eles, nem desprezo estes dois grandes amigos meus, que por acaso, já foram ambos meus vizinhos. Conheço-os bem e gosto, admiro o trabalho deles.

Terceiro: Nenhum deles precisa de publicidade, toda a gente em Penalva reconhece o valor e mérito dos dois. Se quiser contribuir na projecção da dupla para fora do concelho e quiçá, uma boa projecção os levará ao nível do Gato Fedorento.
Se eles se dedicarem profissionalmente a este tipo de actividades, podemos ter potencialidades no nosso concelho reconhecidas a nível nacional. Mas para isso é preciso ter oportunidade, o Sr. A bem pode apostar neles, ofereça-lhes um bom contrato que eu digo-lhe, para melhor toda gente muda.
O amigo não compare o incomparável. Já questionou um lisboeta ou um portuense do que acha do Gato Fedorento em relação à dupla. A diferença é a fama e notoriedade a nível nacional (aproveite e lance-os), com certeza eles saberão reconhece-lo.

Quarto: Eu já ouvi dizer que em tempos, muita gente de Viseu se deslocava ao Salão de cima dos Bombeiros para assistir ao belo Sarau de Natal. E agora!?!… (a continuar assim, eu acho que é um bom caminho mas, demora-se anos a atingir a notoriedade e fama de outros tempos). O Sarau de Natal pode ser melhor (para mim é uma questão de moda, há vinte anos o que eles fazem actualmente era impensável fazer-se em Penalva, talvez existissem represálias).
E, como vemos é perfeitamente normal com o tempo as coisas evoluírem (saúde, cultura, tecnologia, comunicação/informação…). A qualidade é hoje em dia a aposta no futuro de qualquer organização (que não tem qualidade que feche as portas ou arrume as botas).

Eles têm vocação e saliento desde já que nada disse em contrário. Eu estou com eles e é gente dessa que precisamos e contamos, mas não devemos contar sempre com eles, não devemos depender de uma só equipa (podemos ficar na lama, o Sr. disse que estão a pensar abandonar e depois!!! acaba-se tudo?).
Eu disse que também devia-mos valorizar e dar importância a outros, incentivá-los a progredirem.

Quarto: O Sr. fala muito nos dois e muito bem (actualmente e felizmente com o desfruto da liberdade implantada pelo 25 de Abril e mais tarde conferida em 11 de Março pode fazê-lo livremente e é livre de o fazer).

Quinto: O Sr. A anda pouco atento e não sabe o que diz. Fala e questiona-me sobre a minha contribuição para o Sarau e que a minha invocação de dar vida ao mesmo lhe mete piada. Aliás não me admira muito, pois a maneira como me vem confrontar no meu espaço lembra-me o cantor Marco Paulo (“eu tenho dois amores”), não vê mais ninguém. O Sr. já provou que a sua atenção não está vocacionada para os cânticos da época ou para a organização e outras actividades de interesse (…). Tem uma visão muito recta (limitada).

Já viu o que seria de um espectáculo sem audiências, dá sustentabilidade e continuidade isso!?!. Sem apoios de comerciantes e populares locais, dão sustentabilidade ao espectáculo!?!
A organização, aquela a que ao Sr. lhe passa despercebida e a muita gente não são NADA para o Sr. (…). Enfim, tem uma visão muito limitada.

Sexto: Não fui eu que em 2002 era tesoureiro da comissão juntamente com o Sr. Luís Filipe Antunes e fui ao palco no final apresentar os resultados do evento a favor de carentes do terceiro mundo. Disse os resultados, trabalhei juntamente com uma equipa para os obter e fiquei a ferver quando o Coroa Real apresentou a conta. Aliás, passei-me (...), pois era desnecessário fazer-se regabofes ao fim de meses de sacrifício nosso e sacrifício da população em arrecadar receita para os mais necessitados (a receita toda ela para pagar ao Sr. Américo, sobraram uns miseráveis 40€). Estava a ver que ainda tínhamos de desembolsar do nosso bolso.

Participei em diversos Saraus de Natal, numa época que ainda tocava órgão e também cheguei a encenar.

Organizei ainda como miúdo vários saraus de natal no lar de terceira idade com o apoio da minha tia Isabel a principal guia e animadora desses saraus (hoje ninguém se lembra de fazer algo de género).

O Sr. A deve ser dos que pensa que estas festas devem ser uma “espécie de magazine” ou melhor. Possivelmente não se lembrou ainda que o Natal é para todos e, os nossos queridos “velhinhos” não devem ser esquecidos. Diverti-me imenso quando colaborei nas festas do lar e, ainda hoje, quando, por lá apareço ainda sou bem recebido pela maioria destes senhores. Aliás cheguei a fazer OTL (tempos livres) e ofereci-me como voluntário para o lar.

Também, enquanto catequista, não dispensei umas visitas a esse espaço com os meus pupilos que hoje já são crescidinhos.

Sétimo: O Sr. A diz que em tempos já colaborou e digo-lhe que fez muito bem, eu quando o fiz nunca o tive como um frete. Estas coisas devem ser feitas com prazer, gosto, espontaneidade (…). Se eu não estivesse a 130Km de Penalva e não houvesse uma organização que pensa em regabofes com os dinheiros da festa (dinheiros esses pedidos para ajudar os carentes) com certeza eu voltarei.
Não sou apologista de enganar ninguém.

Se lhe deixa satisfeito, também lhe digo que no dia do Sarau (em que era o tesoureiro) fui jantar a minha casa. A 100metros pouco mais concretamente do edifício dos Bombeiros.

Eu estou com o Paulo Cunha e o João Paulo Ferreira.

Passe bem Sr. A