2006/11/23

Recursos Humanos, factor chave. Será?

Esta é uma visão de quem pensa um pouco em gestão, produção, qualidade dos produtos ou serviços prestados.

Em primeiro, há muitos gestores que estão voltados para a potencialidade das máquinas, pela qualidade e inovação tecnológica para avançar e dar grandes passos em cumprimento das estratégias e objectivos empresariais definidos. Neste caso estamos a considerar organizações industriais.

Todavia há uma grande parte que pensa que o factor chave de sucesso de uma empresa/organização é o factor humano. Pois bem, sem este factor as máquinas não têm vida, apesar de muitos progressos e inovações tecnológicas, as máquinas precisam do factor humano para ter alguma autonomia.
De seguida há que ter em consideração de que o factor humano comporta-se como um conjunto de variáveis, as máquinas não têm motivação, não têm atitude, não têm necessidades, não se queixam, não têm sentimentos ou emoções, objectivos, realização profissional e entre muitos factores, não têm a complexidade de um ser social.

Será a diferença, aquela que deixa marcas para o sucesso empresarial o Homem?
A resposta é afirmativa, pois se tivermos em conta que muitas organizações têm tecnologias idênticas à das empresas de topo e nem por isso conseguem vencer no mercado. Um grande exemplo que salta aos nossos olhos diariamente são as equipas de futebol que têm equipamentos de formação e treino, administrativos entre outros fundamentais para garantir o sucesso e nem todas alcançam os objectivos traçados. Existem falhas.
No mercado também é assim, não há lugar para todos ao mesmo nível, daí falar-se em mercado competitivo.

Também se ouve muitas vezes a seguinte expressão: "o material tem razão", as máquina desempenham bem os papeis para as quais foram concebidas. O erro é humano, logo a chave do sucesso também se deve ao factor humano.

Ouvi à dias um gestor de uma industria que comparando-a com outras do mesmo sector dizia qualquer coisa como se... e retive esta ideia:
O Turno de trabalho, suponhamos que em todas as industrias relacionadas começa às 7h, até então toda a industria do mesmo sector está por começar as actividades.
Primeiro: Todas as fábricas são iguais, mas são todas iguais às 6h59m;
Segundo: Às 7h começam os turnos de trabalho, o arranque das actividades;
Terceiro: Às 7h01m, começam as diferenças, começa a haver desiquilibrios a nível competitivo em relação a toda actividade. É aqui que se vê o que são verdadeiras equipas, verdadeiras organizações. Claro as melhores têm sucesso, ganham notariedade e prestígio, destacan-se e marcam a difença no mercado cada vez mais exigente.

Conclusão: É preciso controlar, motivar e basicamente corresponder com o pessoal. Os responsáveis pela organização têm de ter personalidade e atitude para controlar todo um conjunto de situações.

3 comentários:

Gabriel Costa disse...

Caro Roger:

Felicito-te pelo eu blog, e, principalmente, por fugires à discussão de assuntos fúteis e que não têm interesse para ninguém.
Os teus post's merecem uma análise cuidada e têm a substância suficiente para uma discussão séria. Parabéns!

Anónimo disse...

No último século assistiu-se a uma progressiva imposição do factor máquina para a redução do custo e aumento da qualidade dos produtos, qualquer visão venguardista pode afirmar que dentro de anos os recursos humanos somente serviram para actividades creativas e sociais, ainda seremos da era em que a caixa registadora terá ligação a administração fiscal, isto é, se ainda existirem caixas registadoras...

Rogério Carvalho disse...

Para Rodrigo:

lool. Gostei da parte:"dentro de anos os recursos humanos somente serviram para actividades creativas e sociais";

Tamos todos a ver o paraíso, vai-se ganhar a vida à conta de regabofes e umas festinhas nocturnas.

Hoje em dia já há quem faça este tipo de vida, mas não creio que seja um tipo de vida sustentável, a menos que haja garantias de terceiros.

Talvez um pouco à imagem mítica dos académicos.